NEVE

segunda-feira, 5 de março de 2012

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Natal e natais-década de 60 do século passado


Dar bodo aos pobrezinhos
e enxovais pra bercinhos

procurando ser bonzinhos:
É natal filantrópico.
Silenciar o canhão
em tréguas de ocasião
chamando ao amigo 'irmão':
Isto é natal político.
Participar em festanças,
em banquetes e em danças;
trocar cartões e lembranças:
Eis o natal social.
As montras iluminar
e as ruas engalanar
pra mil coisas traficar:
É natal comercial.
O velho presepio armar,
na missa-do-galo estar
pra ladainhas cantar:
É natal religioso.
O Natal espiritual, não é nada de formal,
nada de convencional;
é Cristo Jesus nascer
no imo do nosso ser,
e n'Ele sempre viver!”

Dia de Natal


Hoje é dia de ser bom.
É dia de passar a mão pelo rosto das crianças,
de falar e de ouvir com mavioso tom,
de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.
É dia de pensar nos outros – coitadinhos – nos que padecem,
de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria,
de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem,
de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.

Comove tanta fraternidade universal.
É só abrir o rádio e logo um coro de anjos,
como se de anjos fosse,
numa toada doce,
de violas e banjos,
entoa gravemente um hino ao Criador.
E mal se extinguem os clamores plangentes,
a voz do locutor
anuncia o melhor dos detergentes.

De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu
e as vozes crescem num fervor patético.
(Vossa excelência verificou a hora exacta em que o Menino Jesus nasceu?)
Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio de pulso antimagnético.)
Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas.
Toda a gente acotovela, se multiplica em gestos esfuziante,
Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas
e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante.

Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates,
com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica,
cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates,
as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica.

Os olhos acorrem, num alvoroço liquefeito,
ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores.
E como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito,
como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores.

A oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento.
Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar.
E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento
e compra – louvado seja o Senhor! – o que nunca tinha pensado comprar.

Mas a maior felicidade é a da gente pequena.
Naquela véspera santa
a sua comoção é tanta, tanta, tanta,
que nem dorme serena.
Cada menino abre um olhinho
na noite incerta
para ver se a aurora já está desperta.
De manhãzinha
salta da cama,
corre à cozinha em pijama.

Ah!!!!!!!

Na branda macieza
da matutina luz
aguarda-o a surpresa
do Menino Jesus.

Jesus,
o doce Jesus,
o mesmo que nasceu na manjedoura,
veio pôr no sapatinho
do Pedrinho
uma metralhadora.

Que alegria
reinou naquela casa em todo o santo dia!
O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas,
fuzilava tudo com devastadoras rajadas
e obrigava as criadas
a caírem no chão como se fossem mortas:
tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá.
Já está!
E fazia-as erguer para de novo matá-las.
E até mesmo a mamã e o sisudo papá
fingiam
que caíam
crivados de balas.

Dia de Confraternização Universal,
dia de Amor, de Paz, de Felicidade,
de Sonhos e Venturas.
É dia de Natal.
Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade.
Glória a Deus nas Alturas.
       É NATAL
                                          Hoje é dia de Natal
                                          Mas o menino Jesus
                                          Nem sequer tem uma cama,
                                          Dorme na palha onde o pus.
                                         
                                          Recebi cinco brinquedos
                                          Mais um casaco comprido.
                                          Pobre menino Jesus,
                                          Faz anos e está despido

                                         Comi bacalhau e bolos,
                                         Peru, pinhões e pudim.
                                         Só ele não comeu nada
                                         Do que me deram a mim.

                                         Os reis de longe trazem
                                         Tesouros, incenso e mirra.
                                          Se me dessem tais presentes,
                                          Eu cá fazia uma birra.

                                          Às escondidas de todos
                                          Vou pegar-lhe pela mão
                                          E sentá-lo no meu colo
                                          Para ver televisão.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011


Minuto de oração

Deus! Misericordioso pai!
Aqui estou, pronta para te louvar e agradecer.
Obrigada, mil vezes obrigada pelo seu amor
para comigo...
Te peço Senhor, guia-me sempre nos seus caminhos,
livra-me, oh pai, de todos os males e
de maneira especial me revele os seus mistérios
para o meu viver........
Graças te dou, agora e para sempre,
Amém...

Senhor, obrigada por tudo e por todos que têm estado ao meu lado diariamente,
mesmo que seja em pensamento!
Amado Deus, quantas maravilhas derramas sobre nós a todo minuto, graças te damos
pela Sua Santidade e Sua Misericórdia.
Seja conosco pai querido, em todos os momentos de nossa vida.
Obrigada Jesus, obrigada meu Senhor Jesus...........

Blog da Miriam

Blog da Miriam

quinta-feira, 29 de julho de 2010

               Anjo do Amor
Sou anjo sim
de um mundo de sonhos
que eu inventei.
Anjo do amor
anjo de uma loucura
que eu mesma criei
fui anjo perdido
fui anjo caído
sem paraíso
Hoje sou anjo apenas
no reino discreto
do teu sorriso
Fui anjo de amor
anjo de dor
que a vida testou
anjo de uma aventura
anjo perdido
que na tua alma se achou

Hoje sou apenas anjo
anjo de um amor quase Divino
Que Deus me ofereceu. Anjo que num abraço
anjo que num sorriso
para sempre se prendeu
Hoje sou só teu anjo
deste reino anja nua
teu anjo guardião
anjo de um amor
para sempre Tua
Do amor conheci todas as ausências... todas as tolerâncias e todas as minhas carências!
No amor descobri todas as harmonias
todas as fantasias e todas as suas alegrias!
Do amor eu encontrei toda solidão...
toda paixão e toda minha salvação!
No amor distingui todos os prazeres
e todos os dizeres e todos os seus deveres.
Do amor conheci todos os queixumes...
todos os seus perfumes e todos os meus ciúmes!
No amor eu vivi os delírios... e todos os martírios;
Todos os beijos e todos os nossos desejos!



No amor derramei todas as lágrimas
declamei todas as máximas!
Também encontrei todas as flôres
com todos seus odores!
No amor deparei com todos os mistérios
e todos seus critérios! E todos eu levei...
apaixonadamente... a sério!




Do amor desvendei todas as mágicas...
usei todas as táticas e descobri todas
as cartas enigmáticas!
No amor encontrei toda ternura; toda candura
e todas as desventuras!
No amor encontrei toda riqueza...
toda a leveza e toda a sua pureza!
Do amor percebi sua magnitude...
toda sua juventude e toda sua inquietude!
No amor eu encontrei todos os sabores...
todos os calores e todos os dissabores!
No amor busquei tudo que ele nos traz
Todo o bem que ele nos faz...
E de todo seu universo...
Eu descobri a Paz!